domingo, 10 de abril de 2011

A Canção Que Nunca Foi Escrita

“Era uma vez...” Assim sempre começam as grandes epopeias, histórias que nos fazem sair da rotineira e banal existência, que focalizam homens dotados de valores ímpares como coragem e honra, verdadeiros ícones que nos inspiram.
            Esses lendários paladinos, geralmente saídos de condições extremamente desvantajosas, provam seu valor através do sacrifício em prol de algo maior, que transcede a preocupação natural com a própria segurança. No final do conto, o valoroso combatente encontra a recompensa pela peleja com um belo e satisfatório final com sua amada e contemplamos um agradável “e viveram felizes para sempre”.
            No mundo real as coisas nem sempre chegam a ter um final tão belo e nem mesmo sequer um contexto tão glorioso, no mundo real as coisas apenas são como devem ser...
            Procurarei contar a história também de um cavaleiro, só que pertencente a um tempo diferente, onde não se há a noção de passado, presente ou futuro.O homem em “xeque” pertencia (pertence ou pertencerá) a um reino distante, com a localização exata desconhecida pela cartografia por diversos motivos assim como a famosa Avalon.
            Sinto também de antemão informar que seu nome se perdeu nas brumas do tempo ou mesmo nas diversificações linguísticas temporais da humanidade. Portanto não tenho maiores detalhes em torno do mesmo, só tenho a capacidade de fornecer fragmentos de sua essência, de sua jornada.
Assim como todo bom cavaleiro, esse homem veio das fileiras consideradas menos abastadas dentre todos os homens que realmente conhecem a face de seus pais. A duras provas seu valor foi testado com grande ênfase, foi armado e integrado ao grande círculo de nobres.
De forma parelha às histórias que ouvimos quando pequenos, o que realmente tinha valor para esse homem não eram títulos e sim valores, autoconhecimento, evolução.          
Mas ele não era como os demais, ele não era o simples fruto de uma mente criativa e cheia de esperanças, ele era um humano, um ser dotado das mesmas características que nos tornam seres tão cativantes e preocupantes ao mesmo tempo.
Se era bom ou ruim? Sejamos realistas, realmente é necessário essa alcunha? É preciso ser tão maniqueísta só pelo simples fato de ser padrão colocar definições? Nesse ponto a verdadeira face desse cavaleiro se torna obscura para a limitação imposta pela cultura de cada um que tomará conhecimento dessa história.    
Como um soldado fiel e zeloso, cumpriu sua função, protegeu seu “reino” com unhas e dentes, não era um paladino assim como também não se tornara um algoz, sua verdadeira função era fazer o que devia ser feito, ser o que necessitavam que ele fosse. Sua lealdade não estava atrelada a uma figura representativa, mas sim a um ideal, sangrou e sofreu por isso com orgulho, com a certeza de que era ali que deveria estar e por aquilo que deveria lutar.
Viu companheiros tombarem ao longo dos embates, abatidos por armas ou por fraquezas das quais minaram suas almas até a queda. Passou a carregar parte de cada um dos seus que descansavam ao lado dos grandes homens de outrora, como luzes que lhe guiariam para o tortuoso caminho da verdade.
Quando atingiu o meio dia de sua vida, teve a satisfação de sentir a prosperidade que seu reino adquirira, tinha a certeza de que uma pequena parcela daquela evolução se devia a sua luta incessante. Nesse momento mais do que nunca entendeu que sua missão estava cumprida, suas cicatrizes representavam medalhas valorosas que atestavam quantas vezes tomou armas em campo de batalha pelos seus.
E assim, este enigmático homem decidiu travar suas próprias batalhas, pois seu dever agora era consigo mesmo, deveria seguir em frente peregrinando pelos quatro cantos do mundo para vencer e conquistar a verdadeira face de seu coração guerreiro.
Não foram criados poemas, trovadores não cantaram aos quatro cantos os feitos deste cavaleiro, histórias que passam de pai pra filho não foram contadas, alcunhas especiais não foram outorgadas a ele. E com o passar dos tempos, seu nome foi esquecido, seus feitos não mais eram lembrados, sua face deixou de existir.
Prefiro acreditar que esse guerreiro que doou sua vida a uma causa maior que si mesmo, tenha definido que assim também deveria ser, não ter o nome lembrado, mas ter parte de si em tudo o que se vê. Cada parcela de sua alma contida sob a face da terra que amou, confesso que pensar assim alegra meu tão fantasioso coração. Mas onde quer que ele esteja, com certeza fez o que lhe parece correto, valoroso e honrado.
Porque somente eu conheço essa história tão ímpar? Como bem disse isso não se trata de algo criado, mas vivido...


Por Valdinei Matos''''

segunda-feira, 7 de março de 2011

O Lobo do Homem!

            
            Em pouquíssimo tempo, fomos capazes modificar totalmente a face do solo que foi ofertado para nossa sobrevivência. Partindo do nosso constante desconforto com o mundo que nos cercava, procuramos verdades, sonhamos ao contemplar o fogo, aquele enigmático ser que venerávamos como se fosse um presente dos deuses, deuses esses que concebemos para melhor acalmar nossos corações pulsantes, mais do que nunca atrás de uma explicação.
            Éramos presas, caçados constentemente por feras que se alimentavam de nossa carne, mas sobrevivemos, aprendemos a lutar por nossas vidas. Algo dentro de nós já não era mais o mesmo, algo que nos colocava um passo a frente de todos...Tínhamos vontade, estávamos pensando, o instinto se tornara algo secundário, ajudava a nos manter vivos mas não era efetivamente o que nos guiava.
            Crescemos, em pouco tempo as feras não mais nos caçavam como presas fáceis pois agora sabíamos lutar, suas garras, sua velocidade e tamanho não eram mais páreos para nossa astúcia e nos tornamos os senhores do mundo.
            Formamos impérios, lutamos com o bronze, o ferro e tudo o que aprendemos para sermos superiores aos nossos irmãos, nos matamos e evoluímos cada vez mais no sentido de dominar tudo o que nossos olhos alcançaram. Em pouquíssimo tempo, mudamos o cenário natural, com grandes construções que comprovavam nossa capacidade incalculável de criar.
            Nossas crenças mudaram, e da nossa razão surgiu a ciência que tanto trouxe progressos para nossa raça, nosso poder de destruição transcendeu os limites do planeta, assim como nosso conhecimento que chegou ao nível de até mesmo suplantar os deuses do pretérito.
            Hoje, nos proclamamos Deuses Supremos de tudo o que existe nesse mundo, os únicos portadores do maior dom de um ser vivo, a razão!Vangloriando-nos disto a cada dia nos afundamos mais num problema criado por nós mesmos, com a razão nos tornamos mais bestiais, mais selvagens e brutais que nunca.
            Com o uso da suprema razão, nos matamos diariamente num cruzamento de ruas quando estamos atrasados pro trabalho, num bar devido a uma discussão ligada a um jogo de futebol ou mesmo numa briga descontrolada com os pais. Ficamos tão orgulhosos de nossos progressos que em algum momento dessa escala evolutiva vertiginosa dos últimos milênios, nos perdemos em nosso próprio ego, com a vontade tão primordial de evoluir que nos esquemos de evoluir como humanos de verdade.
            A bestialidade, a barbárie não está intimamente ligada à falta de razão mas sim a falta de emoção, a falta de consciência da existência do outro. Perdemos a muito tempo essa noção, nos esquemos que na verdade evoluídos para não só melhorar nossa condição de extrema desvantagem diante dos desafios dos primórdios, mas evoluímos para sobreviver e deixarmos herdeiros de nossa vontade sobre a terra.
            Afinal de contas, a diferença entre uma besta que ataca sem pestanejar com um homem que puxa o gatilho nada mais é do que o simples fato de que um está sobre quatro e o outro sobre duas patas! Ou nos norteamos quanto a isso, ou como já foi dito, no futuro lutaremos com paus e pedras como verdadeiros animais irracionais.


Por Valdinei Matos''''

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aos Meus Heróis


Quando decidi criar este blog, o principal objetivo era analisar as transformações sofridas pela humanidade ao longo de sua saga sob a face da terra através do conhecimento histórico. Levo também em consideração algo que não se encontra nos livros didáticos ou nas inscrições dos grandes sábios da antiguidade, a certeza de que antes mesmo do homem ser um agente histórico ele é um ser único, dotado de sentimentos como ódio, amor, esperança, niilismo, determinação, fraqueza, coragem e uma infinidade de outras possibilidades que acabam em muitas das vezes, quebrando qualquer paradigma traçado em torno de sua existência.
Infelizmente não tive a possibilidade de contemplar sociedades clássicas mas tenho a possibilidade analisar a sociedade contemporânea assim como atuar como um transformador dentro do meu círculo de convívio, algo que considero uma dádiva. Percebo ao longo dessa minha curta existência que a grande maioria da humanidade são apenas cordeiros, que se sentem perdidos diante das inúmeras possibilidades de caminhos existentes para cada um de nós, o medo do insucesso cria amarras que impossibilitam qualquer tipo de ousadia por parte desse grupo.
Todas as ações feitas por parte dessa maioria esmagadora de ‘cordeiros’ reside no exemplo advindo de um seleto grupo de humanos que decidem por tomar as rédeas quando o assunto é o caminho a ser escolhido, pessoas que podem perfeitamente ser nomeados como os verdadeiros ‘guias’ do destino da raça humana. O valor dessa pequena parcela é determinante, pois, seu pioneirismo acaba por trazer a possibilidade da prosperidade a todos, porém o preço pago pela ousadia muitas das vezes se mostra alto demais.
Nem sempre suas ações são corretamente compreendidas pela sociedade, que diante do temor do novo, leva-os aos patíbulos, a tortura e as fogueiras como hereges e perturbadores da ordem e da paz social, simplesmente por terem um pensamento além de seu tempo e defenderem o processo revolucionário para desbravar novos caminhos.
Depois da assimilação do verdadeiro objetivo renovador, a História traz o verdadeiro veredito inocentando os condenados pela ousadia, tornando-os mártires que se encontram não somente contemplados pela justiça histórica como também dotados de uma nova aura, a da mistificação. A esses mátires demos a denominação de heróis, uma ideia onde se mistura o mito com a capacidade de resistência mesmo diante da opreessão, baseando em preceitos levados até a privação da existência.
A humanidade precisa de heróis, precisamos ouvir ou ler histórias de homens que resistem até o último momento para um bem maior, que nos inspirem a ousar, que nos dêem a real vontade de viver e não somente o cotidiano sentimento do existir. Todos conhecemos a respeito do lendário Rei Davi que guiou seu povo após vencer o gigante Golias, sobre a Mensagem de Paz espalhada pelo Nazareno que lhe custou a vida, sobre as atuações decisivas de Aquiles e Heitor na Guerra de Tróia, sobre as conquistas do macedônio Alexandre O Grande e do mongol Gengis Khan, da ousadia do escravo trácio Spartacus que enfrentou Roma, do nosso Tiradentes que defendeu a liberdade em Minas e tantos outros nomes.
Nosso imaginário clama por heróis para nos defender de nossos maiores medos, a super força destrutiva de Hulk, o cérebro e a determinação do Batman, a velocidade incalculável do Flash são fruto dos nossos mais profundos anseios para enfrentar nosso futuro desconhecido. Criamos essas histórias por temos hoje a carência de grandes homens como os do passado, mas se olharmos de forma mais aprofundada encontraremos esses heróis facilmente nos mais diversos seguimentos.
É fácil reconhecer o heroísmo de um fragmento da população brasileira que vive com um salário digno de desprezo, que mesmo diante da mais absoluta situação de pobreza se mantêm honestos, trabalhando pesadamente paga garantir o sustento da família sem nunca fraquejar com as privações impostas pela vida e pela incompetência de seus representantes políticos. Heróis são aqueles que se levantam mesmo depois de terem perdido suas forças, seu chão, como o sofrido povo do Haiti que depois da mais terrível tragédia de sua história começam a se levantar com as próprias pernas. A dor da incalculável perda não lhes tirou a esperança de reconstruir tudo novamente e principalmente de sorrir nos dando talvez a maior lição dos últimos tempos, a de sermos de fato os responsáveis pela construção de nosso futuro.
Devemos sim seguir os exemplos dos nossos heróis, sejam os do passado, os do fruto de nossa imaginação ou os do nosso cotidiano. Mas peço aos meus heróis mais que o exemplo, peço a coragem demonstrada por eles para também fazer a coisa certa, independente de onde e quando. Todos devemos pedir isso, afinal, nós também podemos ser heróis e guias.

Por Valdinei Matos''''


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Poder de Cronos


Os gregos antigos sempre relacionavam os fenômenos decorrentes na natureza e mesmo na vida humana através da criação dos seus mitos, o que trouxe a tona um número inigualável de deuses, cada um com a sua função formando assim um complexo Panteão.
            Com a passagem de séculos de evolução, os mitos foram substituídos por explicações de caráter científico fazendo com que a Mitologia Grega se tornasse apenas objeto de pesquisa de historiadores e curiosos apaixonados pelas sociedades antigas. Apesar deste aparente descaso do mundo contemporâneo com relação ao seu rico passado, fica evidente o quanto os hábitos do passado ainda influenciam o nosso dia a dia.
            Desde os primórdios da humanidade o Tempo foi centro de profundas discussões, pois é algo que age absolutamente em todos os seres vivos. Todos nós sofremos a ação de algo tão poderoso que nem os gregos e nem mesmo os sábios das mais diversas eras conseguiram sequer definir o que é o tempo. A única atitude da humanidade diante tamanha incerteza foi tentar dividí-lo com a falsa impressão de que assim o controlaria, segundos, minutos, horas, dias, anos, séculos, milênios.
            Passamos a ser guiados por esses padrões, que na verdade só nos limitaram mais ainda a possibilidade de conseguirmos um maior proveito do tempo que temos disponível nesse mundo, algo que passamos a chamar de Vida. Para os gregos, o responsável pelo tempo era Cronos, o mais jovem dentre os Titãs, filho de Gaia e Urano.
            O mito do tempo nasce a partir do momento em que Cronos procura evitar o fato de ser substituído pelos seus filhos, herdeiros de seu trono, assim como ocorre na ordem natural, filhos substituírem os pais dando seguimento a vida. Ele devorou cinco dos seus seis filhos com Réia, sua irmã. Somente Zeus conseguiu se livrar das ambições do pai, pois foi salvo pela mãe que enganou Cronos substituindo Zeus por uma pedra antes que fosse devorado, ao crescer Zeus decide se vingar do pai e mandando-o para o Tártaro depois de fazê-lo vomitar seus irmãos através de uma poção mágica fornecida por Métis.
            O simbolismo do mito de Cronos transmite que mesmo sendo um Titã, Cronos foi incapaz de evitar o tempo que ‘devora’ a todos, assim como ele mesmo tentou fazer com seus filhos sem sucesso. A vida é inexorável, um dia ela se extinguirá assim como uma chama, a ordem jamais será alterada, por mais que as eras passem o ‘Cronos’ ocorrerá para todos sem nenhum tipo de exceção.
            Temos a possibilidade de agir de maneiras diferentes com relação a essa decorrência de nossa vida, podemos encará-la de fato como algo que devora nossa existência como um karma, bem como também temos a possibilidade de vivenciar o tempo como algo prazeroso, assimilador de conhecimento, encontrar o verdadeiro sentido de viver, aquela coisa que todos procuram mas tão poucos de fato encontram.
            Semanas passarão, anos serão encerrados porém essa possibiidade de vivência qualitativa de nada necessita desses preceitos. Talvez nem mesmo o Papa Gregório XIII  quando instituiu nosso calendário no século XVI tinha em mente conceber algo que nos tornasse reféns de nós mesmos, pelo contrário, procurava-se facilitar nossa vida.
            O homem atual se esqueceu do que realmente vale a pena viver, se tornou mecânico, preocupa-se muito mais com o tempo do trabalho do que com o tempo em que passa com sua família. Apenas a riqueza financeira tem valor, formando a cada dia mais pessoas frustradas, filhos carentes de pais presentes, pais que sequer conhecem seus filhos.
            O verdadeiro valor do tempo se encontra no simples respirar consciente, no abraço, no sorriso, no reencontro de alguém querido, no passeio na praça durante o fim de semana, na conversa com um bom e velho amigo. Os segundos passam de formas totalmente iguais em ambos os momentos, mas somente em um deles você guardará definitivamente em suas memórias como algo único e especial.
            Somente através dessa conclusão você poderá de fato dizer que vive a vida a cada segundo como se fosse o último e que definitivamente conhece esse imensurável poder de Cronos.

Por Valdinei Matos''''

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tributo aos Honrados


Ao longo dos mais inóspitos anos, a humanidade têm convivido com homens cegados pelo poder, homens que instauram a tirania afim de manter suas vontades deixando de lado virtudes de caráter altruísta. Mesmo diante da opressão e da injustiça sempre existiram homens dotados de coragem suficiente para se levantar contra esse mal, mesmo que com isso tenham tido de pagar com seu próprio sangue, perdendo sua vida.
            Esses valorosos representantes do que há de mais nobre em meio a esse cenário caótico se tornaram baluartes, exemplos de honra a serem seguidos por seus sucessores que nos momentos mais diversos assumiram essa responsabilidade de lutar pelos oprimidos.
            Um exemplo ímpar desses homens dignos da mais profunda admiração se observou em um dos cenários mais críticos, cenário esse que todas as esperanças encontravam-se esvaídas pelo domínio absoluto da Nobreza e do Clero sob os homens de bem. Coube aos lendários Cavaleiros Templários, mesmo estando inseridos no cenário bélico das Cruzadas e no corruptível meio das Cortes se rebelarem contra essa sociedade opressora, gerando a inveja de muitos.
            Os Templários não se perderam em meio a fé dogmática que mantinham a todos cegos, imunes ao sofrimento imposto a grande maioria da sociedade medieval que vivia na miséria completa, seus valores trouxeram a possibilidade da crítica mais profunda a um sistema corrompido.
            De heróis de guerra, passaram a ser vistos como os verdadeiros representantes do fracassado assalto contra a terra natal da fé cristã, de representantes da nobreza de caráter se tornaram a personificação dos caídos ao inferno. Mesmo dotados desse signo injusto, não se quebrantaram pernameceram de cabeça erguida, íntegros, confiantes em suas virtudes sem em nenhum momento sequer se rebaixarem aos nível de seus algozes.
            Foram jogados nos fétidos e sombrios calabouços, torturados, mutilados, destroçados mas preservaram o bem que consideravam mais precioso longe das garras de seus opressores: suas almas.
            Veio de seu líder, o baluarte dos sagrados paladinos da justiça que carregavam em seu peito a cruz vermelha, um dos maiores exemplos de lealdade, tolerância, honra e coragem de todos os tempos. O velho guerreiro não ergueu sua valorosa espada, ergueu sua voz depois de sete sofridos anos de tortura diante da Inquisição negando todas as acusações feitas injustamente contra seus irmãos enfrentando os abutres que cobiçavam suas riquezas.
            Por não se calar diante do poder incontestável de seus inimigos, Jacques DeMolay juntamente de seus principais preceptores foram condenados a serem barbaramente queimados vivos, próximo a Catedral de Notre Dame no fatídico 18 de Março do ano de 1314 de Nosso Senhor. Ao receber essa sentença, continuou firme em suas convicções, consciente de que seu sacrifício não seria em vão pois haveriam homens que herdariam essa vontade, a vontade de seguir um caminho mais digno, visando um bem maior que a simples satisfação de desejos pessoais.
            Mais uma vez o último Grão Mestre da Ordem dos Templários estava correto, pois surgiram herdeiros de sua vontade, pessoas que não se esqueceram daqueles nobres cavaleiros que preferiram morrer a trair seus amigos ou seus preceitos. DeMolay vive mais do que nunca, como uma chama que jamais se apagará, enquanto houverem pessoas dispostas a lutar por um mundo mais humano, lutar como verdadeiros paladinos da justiça sua vontade existirá.
            Nós, membros da Ordem DeMolay temos orgulho de ser os representantes dessa esperança plantada com o sangue de vários mártires e pedimos ao Pai Celestial que nos forneça a sabedoria e a dignidade de carregar essa dádiva, a dádiva de herdar algo único que sem dúvida é o melhor caminho para uma vida pura e varonil. Vida longa à Ordem DeMolay, que seus preceitos sempre vivam no coração dos homens!


Por Valdinei Matos''''

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Verdadeiro Natal

Estamos próximos a mais um momento de transição dentro das tradições cristãs que guiam nossa nação, momento esse, adaptado a nossa cultura desde a chegada de nossos colonizadores lusitanos. Influência feita a ferro e fogo pela incisiva atuação da Companhia de Jesus, que procurava assegurar a todo custo a influência da Igreja Católica Apostólica Romana nesse Novo Mundo pagão, com seus deuses provindos dos mitos criados pelos verdadeiros proprietários dessa próspera terra pouco depois batizada de Brasil.
            O temor da expansão de outras crenças justificava o extermínio dos cultos que veneravam entidades diferentes e não conheciam o Nazareno? Onde a fé se torna fanatismo e desencadeia a intolerância? Perguntas como essa trazem por si só a pré definição da resposta mas, na verdade não seriam esses os apontamentos objetivados nesse texto.
            Venho escrever sobre o momento em que vivemos, o momento do Natal Cristão, época em que segundo seus seguidores, O Enviado a cerca de dois mil anos atrás nasceu de uma mortal para semear a Boa Nova em meio aos homens. Sentimentos como a compaixão, fidelidade e sacrifício deveriam ser direcionados a todas as formas de vida, o responsável pela proposta pereceu na cruz com o objetivo de exemplificar o valor e a procura de um bem maior que o pessoal.
            Analisando a ideia como um fato verídico ou como um ensinamento filosófico é perfeitamente possível perceber o quanto a disseminação desses dogmas foram importantes para a concepção de uma sociedade mais harmônica e justa. A ambição maculou esses preceitos e o que deveria ser uma pregação de esperança se tornou uma tirania através do poder incontestável da Igreja Católica durante mais de um milênio que se aproveitava da submissão de seus seguidores menos instruídos.
            Profundas transformações ocorreram, Impérios caíram e novos surgiram sob o signo mesmo que deturpado, das propostas feitas por Cristo. Todos encaram o Natal como um periodo reflexivo, no qual devemos analisar nossas falhas, corrigi-las e renovar nossas esperanças em caminhos menos tortuosos. Claro que o consumismo fez questão de se aproveitar desses momentos, uma linguagem perfeitamente conhecida num mundo capitalista é nunca perder a possibilidade de se obter mais e mais lucro.
            As crianças conhecem vagamente a História cheia de significado do Cristo, pois rogam por um personagem travestido de símbolo do Natal que é conhecido como Papai Noel, um ser que presenteia com algo físico a boa conduta e não com conhecimento. A cada dia é perceptível uma sociedade mais fragmentada, mais carente de vontade, de compreensão, de tolerância, de conhecimento.
            Creio que tudo isso esteja perfeitamente relacionado a perda desses exemplos, a perda daquilo que fora conhecido em tempos áureos, de sociedades que floresciam sob esses preceitos e sob o auto conhecimento. Hoje somos como crianças perdidas, que mal compreendem a diferença entre o TER e o SER, perdemos a fé em tudo, incluve em nós mesmos, nos deixamos corromper, assimilamos apenas as adjetivos bestiais como a competitividade.
            De nada vale uma reflexão momentânea e forçada em uma determinada data, já não aguento mais a hipocrisia da mídia, que transformam “famosos” em doadores de presentes para criancinhas carentes em orfanatos, tornam pessoas tão vazias quanto o estômago de milhares de pessoas que morrem na África em verdadeiros exemplos de benevolência.
            A palavra Natal, etimologicamente significa nascimento, não relaciono ao nascimento de um único ser, mas sim ao nascimento das nossas virtudes, que estão mortas em em meio ao nosso egoísmo nauseante. Isso não deve ocorrer somente nesse período, deve ocorrer agora e sempre que for necessário, renovando nossos valores sempre. Talvez assim nos tornemos melhores e tenhamos de fato um FELIZ NATAL DE VERDADE!


Por Valdinei Matos''''

domingo, 21 de novembro de 2010

O Gatilho do Perigo

 
             Como já relatei na minha descrição, trabalho a cerca de dois anos diretamente com educação, atuando como professor de História, apesar da minha pouca experiência na área e minha paixão pela profissão não posso deixar de lado as críticas que venho fomentando a respeito da educação em nosso país.
            Óbviamente levo em consideração que nosso país é extremamente jovem com relação aos sofisticados e eficientes sistemas de ensino europeus e norte americanos. Não deixo de considerar como foi-me ensinado e também como eu mesmo observei no estudo da disciplina que ministro, que cada sociedade, cada país, cada povo tem um processo diferente de formação de suas instituições, de seus valores e conceitos que são produzidos através de diversos acontecimentos passados.
            Nosso país foi concebido sob o signo do sistema colonial de exploração desenfreada da metrópole (Portugal), que jamais se preocupou em trazer as vantagens da já desenvolvida sociedade européia, até mesmo o esforço louvável dos jesuítas tinha como fundo um tipo de exploração, que era a obtenção de mais fiéis ao catolicismo e não a formação de uma sociedade mais igualitária e equilibrada. Ao mesmo tempo em que se era feito o extermínio dos nativos que ousavam resistir ao domínio europeu, aqui era instalado um sistema burocrático português, que não considerava as diferenças gritantes entre as regiões visando adaptar um conceito de “ordem” na lucrativa colônia.
            A responsabilidade desse caos no sistema educacional não se deve somente aos nossos colonizadores, mas principalmente a nós mesmos, que ao longo do período de independência, deixamos esse importante assunto que é a educação para segundo plano, ou pior ainda, utilizamo-nos dela para fazer política.
            Tenho acompanhado diariamente o noticiário com relação ao ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e definitivamente não sei o que dizer aos meus alunos, que dedicaram e dedicam horas de estudo diárias durante anos. A proposta do ENEM foi excelente, traria uma melhora significativa no processo de avaliação dos alunos como também igualdade de chances de ingressar em uma Universidade Federal de qualidade de nosso país.
            Mas os erros bizarros cometidos pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) transformaram os sonhos desses jovens em um pesadelo sem fim, o processo seletivo dessa importância, que é realizado somente uma vez a cada ano se tornou uma piada de péssimo gosto para todos os profissionais da área e toda a sociedade brasileira.
            Sobre o conteúdo da prova, recaem diversas críticas pois trabalha padrões diferentes da grade curricular de diversos locais do país, não havendo a possibilidade de fala da mesma língua entre os professores, alunos e os responsáveis pela elaboração da mesma, erro esse que veio sendo aos poucos corrigido com a adaptação dos envolvidos.
            O que realmente revolta não é o conteúdo, mas a forma que o governo se utiliza dessa situação ímpar para se promover diante da sociedade. A proposta de inserir todos os brasileiros no sistema educacional é ótima, mas para isso não é necessária a total banalização do ensino, diminuir o nível do ensino para que mais pessoas consigam ocupar as vagas abertas sem controle nas várias Universidades Federais construídas por todo o país, com o objetivo explícito de fazer número diante da mídia.
            O Brasil chegou a um patamar de desenvolvimento  jamais visto, agora para que subamos mais uma escada nessa evolução, necessitamos acima de tudo de mentes brilhantes, de profissionais de capacidade ímpar, pois um país só cresce através seu povo como bem explicitou Adam Smith. Não é através de cotas segregacionais, que por sinal, jamais deram certo em países que as utilizaram, que conseguiremos esse feito. Conseguiremos um país com a cara do futuro somente através do investimento da educação, mas a educação da qualidade e não da quantidade, da educação que supera os interesses de um determinado grupo político. O gatilho do perigo é muito maior do que imaginamos, já que se definitivamente não houver uma mobilização de nossa sociedade para a mudança desses conceitos, perderemos o “bonde da história” com destino ao desenvolvimento real da nossa nação, que como se é observado ao longo da história, não constuma passar duas vezes.
            Com uma mobilização de âmbito nacional, podemos exigir providências do governo com relação a absurda incompetência apresentada nessa área, e devemos fazer isso, afinal de contas, serve também para averiguarmos o quanto nos mostramos pacionais a essa situação pois sem sombras de dúvidas, O POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE!

Por Valdinei Matos''''

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Bravo Novo Mundo

Assim como a milhões de anos atrás, aparece no horizonte a grande esfera incandescente que é a responsável pelo sopro de vida que povoa esse planeta, esse mínimo grão de areia diante da infinitude e majestade do Universo.Sob a face desse mísero grão de areia, cá estamos nós, seres dotados de sentimentos vis e maravilhosos ao mesmo tempo, essa espécie ímpar de seres vivos batizada por nós mesmos após um longo processo evolutivo, de seres humanos.
            Saímos da situação de presas fáceis de grandes répteis e mamíferos para caçadores implacáveis e senhores do mundo, no princípio, criamos deuses para explicar o que nos era incompreendido, vimos o calor do fogo que nos garantiu a possibilidade de sobreviver e de contemplar o divino ao nossos olhos, transformamos pedra em ferramenta, aprendemos a viver em grupo e daí surgiu nosso pior sentimento, a ganância. Para garantir nossas posses, criamos a arte da guerra e dela também conseguimos ascender a um patamar nunca imaginado, criamos coisas de tamanho colossal que praticamente tinham vida compostos de materiais obtidos da natureza, os chamamos de máquinas, crescemos e deixamos de ser crianças assustadas, nos tornando tiranos impiedosos.
            Diante toda essa transformação, vieram outras áreas mais subjetivas de nossa espécie como a Filosofia, a Antropologia, a História, a Teologia dentre outras, as ciências ganharam ênfase com o passar dos tempos, e quando deveria ser guiada junto com a fé, colocamos as duas ideias em conflito.
            As trevas tomaram conta do pensamento de nossos semelhantes, causando dor e devastação entre irmãos, o que por sinal ainda reside em nosso contexto. Nossos ancestrais foram e são os grandes construtores do que somos, herdamos seus progressos materiais como também espirituais.
            Essa parte etérea, é o que chamamos de valores, virtudes, preceitos. Mesmo com a mais diversas atrocidades cometidas, sempre houveram pessoas que cultivaram pontos considerados primordiais para se formar uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais humana. O ser humano, é a única criatura que dispõe do livre arbítrio, da possibilidade de traçar seu próprio caminho sem contar com nenhum tipo de intervenção externa, e isso o torna completamente diferente pois a natureza de suas escolhas pode definir rumos desconhecidos.
            A humanidade ao longo de sua epopeia tomou diversos rumos que a levaram onde estamos hoje, fizemos caminhos tortuosos e engrandecedores. A ideia de bem e mal não existe nessa análise, mas sim a simples consideração de que se nos perdermos desses preceitos, definitivamente deixaremos de ser o que realmente somos.
            Nossa curta vivência nesse bravo novo mundo consiste em transformações nos mais diversos setores, independente se essas transformações são produtivas ou não, o importante é nunca nos esquecermos do que nos foi passado por aqueles que não vivem mais fisicamente entre nós. Nessa incerta estrada, ninguém melhor que desbravadores para nos guiar, pois com certeza estarão mais presentes que nunca dentro de cada um de nós se considerarmos seus preceitos.
            Quando a grandiosa Roda da Vida mais uma vez girar, os herdeiros de nossas vontades seguirão pela mesma incerta estrada, da qual nenhum ser humano é capaz de se abster, saibam eles que também estivemos aqui e sempre estaremos, e assim caminhará a humanidade sob a face da Terra, iluminados pelo Astro Rei, portador da vida.

Por Valdinei Matos''''

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A verdade que ninguém quer ouvir!!!

Bem, hoje recebi um email que cai como uma luva no assunto que pretendia postar, a minha indignação com relação a como nós brasileiros a cada dia mais naufragamos nesse mar turvo e fétido chamado corrupção. Ultimamente tenho tido diversos exemplos com relação a isso, que poderia passar horas citando ao longo do texto, mas desta vez, prefiro que o cineastra, crítico e escritor Arnaldo jabor fale por mim...

 - Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade.
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade.
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense!

O famoso jeitinho brasileiro.
Em minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro!?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?


Arnaldo Jabor
Formatação de Valdinei Matos''''




terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pão e Circo!

Neste final de semana o brasileiro tem um compromisso importantíssimo com o país, as eleições de seus representantes na esfera nacional, estadual e regional. Ressalto a importância desse fato pois, sem dúvida, esse é o único momento em que realmente temos o absoluto poder de definir o futuro de nossas vidas em áreas de profunda necessidade como educação, saúde, segurança, emprego dentre outros.  
            As eleições diretas, é um direito adquirido depois de intensa luta de setores democráticos da população brasileira contra a censura e perseguição, que resultou nos   assassinatos de vários cidadãos pelo regime militar que o país lamentávelmente viveu entre as décadas de 60 a meados dos anos 80.
            Levando-se em consideração esse contexto, nosso voto se torna algo de mais importância, já que num passado não muito distante, não se havia a possibilidade de traçar um panorama do que se desejava com relação aos governantes.
            Vivemos uma profunda crise na área política do país por diversos motivos mas o que é mais evidente, sem dúvida é o desinteresse do brasileiro em conhecer sua própria história, entender o processo de luta de seus antepassados e compreender o verdadeiro valor de seu voto.
            O descaso do brasileiro com o processo eleitoral ao longo deste período democrático têm trazido problemas crônicos à sociedade, cada vez mais, escândalos de corrupção abalam o prestígio dos governantes com a população e principalmente o desinteresse da mesma.
            Diante desse contexto, os políticos têm o caminho livre para continuar com suas falcatruas e má administração de recursos financeiros, que são públicos e poderiam resolver os mais diversos problemas que assolam a sociedade brasileira. Através dos meios de comunicação e de propagandas altamente manipuladoras, esses políticos conseguem transmitir à população carente de consciência política um quadro totalmente diferente do real, dizendo que definitivamente trabalham para o bem estar social.
            É perfeitamente visível o quanto a dominação sobre as massas brasileiras é grande. Até o momento, nenhum dos candidatos a Presidência da República apresentou de fato propostas concretas (mostrando de onde serão obtidos os recursos) de como diminuir as diferenças sociais e outros problemas do nosso país.
            O investimento na educação não ocorre de forma profunda, pois assim se criam cidadãos com um senso crítico mais apurado, que não acredita em qualquer tipo de promessa nem aceita qualquer “esmola”, causando a médio prazo a retirada de todos esses farsantes.
 O que preocupa é que essa forma de fazer política no Brasil está se tornando algo banal, corrompendo o eleitor na própria essência onde cada um procupa somente em obter privilégios para sua classe e não a um nível de sociedade num todo.
            A origem da política se encontra nos atenienses, onde o cidadão apesar de ser uma pequena parcela da população, se sentia orgulhoso de ter uma participação ativa nas decisões da pólis. Orgulho que nos dias atuais é praticamente inexistente já que nós preferimos nos abster e deixar o controle do país nas mãos de corruptos que só querem se enriquecer com o suor de milhões de honrados brasileiros.
            Além desse erro, cometemos um pecado ainda maior culpando somente esses políticos por essa situação, já que, os grandes culpados somos nós que nos deixamos ser enganados pelas falsas promessas e permitimos que pessoas de má índole e ficha suja nos represente sem prestar contas a sociedade.
            O povo sem sombra de dúvidas tem o governo que merece, essa é uma regra imutável, portanto devemos fazer mais a nossa obrigação como verdadeiros cidadãos que pensam em um bem comum de todos os brasileiros. Chega de nos portarmos como seres incompetentes e boçais orquestrados assim como o romanos pela  “POLÍTICA DO PÃO E CIRCO”!!!

Por Valdinei Matos''''